... num futuro próximo:
- por muito que se tente transmitir uma outra ideia os partidos foram feitos para governar, em maioria ou em coligação, mas o propósito é este. Ora, um partido que afirma que não quer governar mas sim fazer oposição vai ser percebido pelos eleitores, mais tarde ou mais cedo, como a cosmética política que é.
- a base de sustentação eleitoral do BE atingiu o seu pico e, assim, o factor novidade que norteou muitos (principalmente jovens) a aderir às suas fileiras vai ficando gasto. Isto porque à falta de novas bandeiras fracturantes (aborto, homossexualidade, etc), que parecem ser as principais precupações deste partido, o apelo desta esquerda diferente em nada é diferente da ala moderada do PS.
- a implantação juvenil começa a dar sinais de desgaste. Um dos méritos da estatégia de marketing do BE está na forma em como chegou a muitas associações estudantis/juvenis, atingindo um peso bastante superior àquele que tem na AR. O problema é que é muito mais fácil fazer oposição do que governar, e começa agora a formar-se um padrão de descontamento pela forma de fazer política de alguns líderes destas organizações e que são afectos ao BE.
- Francisco Louçã é um líder cada vez menos capaz de falar para fora do partido o que, para além de contribuir para o ponto 2, leva também a uma deficiente renovação - tão necessária em qualquer partido - e a uma atenção cada vez menor dos indecisos às ideias do BE.
- ao critério do leitor...
1 comentário:
Os partidos de oposição (todos que não PS e PSD, basicamente, a última coligação não foi governo digno desse nome) são forçosamente de contra poder, de modo que a sua existência justifica-se sempre. O facto de no momento presente termos um governo de esquerda (?) faz com que os partidos de esquerda (oposição) percam protagonismo, aumentando os de direita. Algum dia Marques Mendes conseguiría tal mediatismo se não fosse a face popular de oposição? Não me parece.
Não acredito que partidos formados morram.
Enviar um comentário