Escandaliza-se meio mundo pela alegada vontade do PS em afastar o Procurador-Geral da Républica (PGR). A vontade dos dirigentes socialistas era tal que até foram estabelecidos contactos com o PP!!!
incidental só consegue sorrir perante este escândalo.
O PGR é desde sempre um magistrado ética e tecnicamente respeitado, mas politicamente fraco.
Ora, um PGR tem, necessariamente, que mostrar habilidade política para conduzir os dossiers de maior mediatismo, coisa que Souto Moura não conseguiu fazer (afectando em grande medida alguns dirigentes socialistas, é certo).
Um PGR não pode pôr-se em bicos de pés em algumas situações (com tiradas manifestamente infelizes), ao mesmo tempo parecendo nada contribuir para a renovação do seu sector - ferido de morte pelos seus intervenientes directos.
O PGR exerce um cargo de total autonomia mas que deve ser de confiança política. Se esta confiança não existe - quaisquer que sejam os motivos - qual é a única atitude possível a tomar pelo poder executivo?
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